A perda da condição divina que conduziu o Homem ao estado de afastamento com Deus, é uma ideia perene nas diversas mitologias e tradições religiosas da história. Contudo, são as mesmas tradições que aferem que esse Paradhesa, Pardes ou vulgarmente conhecido como Paraíso Terreal, não existindo no espaço, não está totalmente perdido no tempo, nem para a Humanidade. O conhecimento sagrado afere que existe numa outra dimensão que não sendo perceptível ao mais imediato dos sentidos, é possível de ser encontrado no amago oculto da Eternidade. Desde a Shamballa das tradições transhimalias, o Amenti no Antigo Egipto , o Devakan na Índia, os Campos Elísios na Grécia , ou o Reino do Preste João no ocidente cristão, expressam uma realidade subterrânea como veículo espiritual de religação ao Centro Supremo do Mundo.
René Guénon, a par de Saint-Yves d'Alvedre e Ossendovsky, detalha com a sua erudição e escrutínio característico a Tradição do Rei do Mundo (ou Tradição Primordial), conhecida sob a designação de Melquisedeque e análoga à Agharta oriental, nas suas funções de Autoridade Espiritual e Poder Temporal, expressas na Terra como manifestação real de Deus, através dos "intermediários celestes", Shekinah e Metraton; a sua relação com o simbolismo dos Três Reis Magos, de Cristo e do Santo Graal na recuperação da Morada da Imortalidade; mostra a proximidade desta Tradição Primordial com a Atlântida e constata-a em determinados episódios bíblicos e nas diversas mitologias da antiguidade e detalha como os vários centros espirituais existentes ao longo da história foram sempre expressões secundárias de um Centro Espiritual Maior ou Omphalos do Mundo como meio subsistente e de resguardo da luz divina no actual período de obscurecimento espiritual da Humanidade, a Kali-Yuga.
O Rei do Mundo de René Guénon
Autor: René Guénon
Edição ou reimpressão: 03-2019Editor: Espiral Editora
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 235 x 39 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 200
Tipo de Produto: Livro